A ação humanitária do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) foi além do evento climático de maio. Em outubro, a entidade fez a doação de R$ 42.620,00 à Seleção do Bem 8, um braço do Instituto Dunga de Desenvolvimento do Cidadão (IDDC) e que desde a pandemia vem auxiliando as comunidades no atendimento de suas necessidades básicas.
O recurso é a sobra do valor levantado pela aviação agrícola, com apoio do Sindag, destinado a auxiliar no custeio dos voos durante a ação humanitária (matéria completa na edição de junho/2024). Com o fim dos voos, o Conselho de Administração do Sindag resolveu entregar o valor para uma instituição que conhecesse as necessidades das comunidades.
E a escolhida foi a Seleção do Bem 8, que tem um amplo trabalho e, desde a primeira grande enchente em setembro do ano passado, está entregando desde alimentos até a construção e reforma de casas e melhorias de escolas. A oficialização da doação ocorreu na sede da instituição, em Porto Alegre/RS, na manhã de 15 de outubro, quando a direção do Ibravag foi recebida pelo ex-técnico e campeão da Copa do Mundo de 1994 como jogador da Seleção Brasileira, o craque Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, e pelo casal Lauro Pacheco e Tatiane Ávila Cerolli.
Instituto aeroagrícola destacou projetos destinados a crianças e adolescentes
O presidente do Ibravag, Júlio Augusto Kämpf, ao passar às mãos de Dunga o documento oficializando a doação, expôs o desejo que o recurso fosse destinado a ações sociais em escolas, lembrando que um dos pilares do Ibravag é a educação. Inclusive, destacou a disposição de mostrar como é uma operação aeroagrícola aos estudantes atendidos pelo projeto social desenvolvido pelo craque e casais amigos.
Temos vários projetos voltados a crianças e adolescentes”, pontuou o dirigente. Destacou o Flapinho, uma revistinha para colorir, e o Projeto Semeando Esperança, desenvolvido em parceria com o Sindag. Na ocasião, Kämpf estava acompanhado do conselheiro do Ibravag Francisco Dias da Silva, pelo diretor-executivo (Ibravag/Sindag), Gabriel Colle, e pela coordenadora de Projetos, Liamara Stuermer.
CONDIÇÕES
Dunga também explicou o trabalho desenvolvido pela Seleção do Bem 8 nas comunidades. Destacou a construção de casas de madeira – dois quartos, sala e cozinha integradas, e banheiro – entregues às pessoas que perderam suas moradias desde a primeira enchente, em setembro de 2023. E deixou claro: “as pessoas precisam entender que essas moradias são um recomeço. Não é o fim”. Também destacou a presença do projeto social nas escolas, auxiliando com pintura e reformas, dando condições para o retorno das aulas.
Conforme Lauro Pacheco, até outubro, haviam sido entregues 82 casas, a maioria mobiliada. “E reformamos inúmeras moradias, que precisavam só de telhado, parte elétrica, tinta para pintar, entre outras necessidades”, pontua o integrante da Seleção do Bem 8. Lembrou, ainda, que o grupo de voluntários trabalharam em várias escolas depois do evento climático de maio. “Fornecemos tinta, ajudamos, junto com pais e professores, a lavar os prédios, tirar o barro que ficou depois que a água baixou”, reforçou Pacheco.
O que é a Seleção do Bem 8
A Seleção do Bem 8 nasceu dentro de uma confraria, que reúne Dunga e amigos para jantar, degustar bons vinhos e charutos, para atender as necessidades básicas das comunidades durante a pandemia de Covid-19. Nesse período, o integrante do Projeto Lauro Pacheco conta que os voluntários chegaram a distribuir mais de 800 toneladas de alimentos. A pandemia do Coronavírus passou, mas o trabalho voluntário segue a pleno vapor, com o apoio de entidades, empresários de vários segmentos do Brasil e exterior, e pessoas físicas, que desejam apoiar essa causa.