Estão abertas as inscrições para as empresas interessadas em aderir ao programa Boas Práticas Aeroagrícolas, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) em parceria com o Serviço Nacional de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae). A iniciativa, que conta com o apoio do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola, deve atender 80 empresas aeroagrícolas, com mentorias e cursos de aprimoramento para seus funcionários, desde o administrativo até a área técnica, como pilotos, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, mecânicos e auxiliar de pista.
As etapas do projeto, que tem a duração de 18 meses e prevê o investimento de R$ 3,4 milhões, foi apresentada via web na manhã do dia 21 de março pelo diretor operacional do Sindag e consultor Sênior do BPA Brasil, Cláudio Júnior Oliveira, responsável pela metodologia de gestão do programa. O presidente do Ibravag, Júlio Augusto Kämpf, e o coordenador de projetos do Instituto, Rodrigo Almeida, também participaram do encontro on-line.
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Representando o maior investimento já feito na história da aviação agrícola brasileira, o BPA oferecerá às empresas que participarem do projeto, diagnóstico de gestão. “Além da análise e diagnóstico inicial (T0), as empresas passarão por uma pesquisa de diagnóstico intermediário (T1) e outra análise no final do processo (TF), para avaliar como foi a entrega do projeto”, salientou Oliveira. O consultor Sênior do Ibravag, lembra que durante o processo de 18 meses, as empresas receberão consultorias com o objetivo de resolver os gaps apontados durante o diagnóstico inicial.
A ideia é avançar na gestão, aumentando a produtividade e, consequentemente, a competitividade. Nesse sentido, estão previstas ações que contemplam a capacitação de pessoal e aprimoramento de tecnologias nas empresas. A partir dos diagnósticos será realizada uma pesquisa sobre como está a gestão das empresas. Ainda está no escopo do projeto uma pesquisa de mercado sobre as possibilidades de ampliação da atuação do setor nas lavouras e regiões do País. Sem falar em ferramentas para gestão e divulgação de produtos e serviços. Ao todo, o programa compreende nove pilares: Tecnologia de Aplicação, Governança e Compliance, Foco no Cliente, Pessoas, Processos, Tecnologia de Aplicação, Sustentabilidade, Segurança Operacional e Novas Tecnologias.
A parceria foi apresentada pela primeira vez ao público do agro no último dia 10, durante a Expodireto/Cotrijal, em Não-Me-Toque/RS. Sua meta é atingir diretamente cerca de 5,6 mil profissionais das empresas participantes. As entregas do projeto para as empresas abrangem ainda manuais de boas práticas empresariais (com plano de ação personalizado para cada negócio) e para pilotos agrícolas. A lista tem ainda a participação em rodadas de negócios e um TalkSite (site de divulgação e produtos e serviços com sistema de videoconferência para negócios online) hospedado no portal do projeto por 18 meses. Em uma segunda etapa, o participante que cumprir todas as etapas do projeto receberá ainda o Certificado de Boas Práticas Operacionais, atestado pelo Sebrae e Ibravag.
Para completar, o programa Ibravag/Sebrae promoverá ainda articulações institucionais, buscando desde parcerias internacionais até a realização de dez eventos de articulação do setor até 2023. Sem falar de eventos regionais para apresentação dos resultados das pesquisas sobre as principais culturas atendidas pelo setor, e ainda um boletim mensal econômico para as empresas participantes.
INVESTIMENTO
Dos R$ 3,4 milhões a serem injetados no BPA em um ano e meio, R$ 2,4 milhões serão pagos diretamente pelo Sebrae. Os outros R$ 1 milhão serão repassados pelo Ibravag e entidades parceiras. Além disso, cada empresa participante investe R$ 13,8 mil a título de participação. Conforme Oliveira, uma ação de praxe quando se trata de uma iniciativa como essa que recebe esse volume de recursos públicos federais. “Mesmo assim, um valor simbólico, se considerarmos apenas o trabalho de diagnóstico e o alto nível da mentoria e do treinamento que será dado ao pessoal das empresas.”
O valor pode ser pago em quatro parcelas de R$ 3.450,00. Quem se inscrever até dia 31 e fizer o pagamento à vista, via pix, terá 20% de desconto (passando o valor para R$ 11.040,00). Já quem se inscrever de 31 de março a 30 de abril e pagar à vista, ainda terá um desconto de 10% (passa para R$ 12.420,00). “Mas é bom lembrar que são apenas 80 vagas, para as 291 micros, pequenas e médias empresas aeroagrícolas do País. Então, quem deixar para depois pode não conseguir vaga”, lembra o coordenador de Projetos do Ibravag, Rodrigo Almeida.