O presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, e o diretor Francisco Dias da Silva estiveram em audiência, em fevereiro, com o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos. Na pauta, uma apresentação do panorama e potencial da aviação agrícola brasileira e o pedido de empenho do governo federal por políticas para o setor. Ainda em janeiro, os dois haviam tido reuniões no Ministério da Economia e na Secretaria de Aviação Civil (SAC), com o mesmo propósito. Os encontros foram intermediados pelo senador Luis Carlos Heinze (PP/RS).
No início do ano, os objetivos foram mais específicos. Um deles foi pedir que o setor aeroagrícola não seja esquecido em uma eventual medida que permita que as usinas vendam etanol diretamente para postos de combustíveis – conforme foi sinalizado pelo Executivo e há um projeto tramitando no Senado. Nessa hipótese, a ideia seria conseguir que a venda fosse liberada também para grandes compradores a granel, no caso, os operadores do setor. “Nossa estimativa é de que isso daria um alívio entre 30 e 60 centavos por litro no gasto com o combustível”, explica o dirigente. O Brasil tem atualmente 29,17% movida de sua frota aeroagrícola movida a etanol.
FINANCIAMENTOS
O outro objetivo das visitas foi solicitar a inclusão empresas do setor em projetos de fomento para aquisição de máquinas por produtores rurais. “Apesar do esforço do Sindag em estreitar o relacionamento com os órgãos governamentais, o cenário da aviação agrícola brasileira é pouco conhecido em muitas instâncias de governo, técnicas ou políticas. Por isso a necessidade de marcarmos presença”, pondera Magalhães.
O presidente do Sindag lembra que, além de ter a segunda maior frota aérea atuando em lavouras no mundo (2.280 aeronaves), o setor trabalha com a possibilidade de pelo menos 200 novos aparelhos até 2028 no País. “Isso tomando por base a expectativa de crescimento da produção de grãos, que deve chegar às 300 milhões de toneladas, segundo o Ministério da Agricultura.” Magalhães ressalta que, além e altamente tecnificada e regulada (única ferramenta para trato de lavoura com legislação própria), a aviação é fundamental para o aumento de produtividade sem avanço da fronteira agrícola.