A Rede Paolinelli Nobel da Paz 2021 colocou no ar o site da campanha por apoio ao nome do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli ao Prêmio Nobel da Paz deste ano. A movimentação conta também com canais no Facebook e Instagram, no YouTube e no LinkedIn. O grupo é encabeçado pelo também ex-ministro Roberto Rodrigues e busca aumentar o engajamento de lideranças do Brasil e do exterior em torno da indicação. Para isso, a Rede Paolinelli é dividida em quatro comitês – Coordenador, Executivo, Acadêmico e Internacional.
O dossiê da indicação do brasileiro ao prêmio foi enviado em janeiro ao Comitê do Prêmio Nobel, na Noruega. A mobilização em torno do nome de Paolinelli já envolve pelo menos 20 entidades brasileiras, que receberam o apoio de uma centena de organizações, universidades e profissionais de 20 países.
RECONHECIMENTO
A indicação se baseia no fato de Paolinelli ter sido um dos principais responsáveis por viabilizar a produção de grãos no Cerrado brasileiro em larga escala, considerada a maior revolução tropical agrícola da história. O que elevou o Brasil de uma condição de importador de gêneros alimentícios nos anos 1970 para um dos maiores fornecedores mundiais de alimentos. Além da segurança alimentar, o desenvolvimento de uma agricultura tropical, capitaneado por ele, não só trouxe segurança alimentar ao Brasil e boa parte do mundo, como também garantiu sustentabilidade a partir de novas tecnologias para produtividade.
Ou seja, a preservação de biomas a partir de um efeito poupa-terra. Para ilustrar: sem esse avanço da tecnologia de produtividade, para atingir a produção de 231 milhões de toneladas de grãos obtida em 2018, o País teria de usar 128 milhões a mais de área cultivável do que utiliza. Por isso (e por ter ajudado a aumentar a oferta de alimentos no mundo), Paolinelli já havia ganho em 2006 o The World Food Prize. Prêmio, aliás, criado pelo ganhador do Nobel da Paz de 1970, Norman Bourlang.
Parte dessa história foi contada pelo próprio Paolinelli à revista Aviação Agrícola, do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag). O ex-ministro foi o entrevistado na primeira edição da revista, publicada em agosto de 2018 (páginas 8 a 13).
Aos 84 anos e em plena atividade, o possível Nobel da Paz brasileiro tem ainda o título de Embaixador da Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e preside o Instituto Fórum do Futuro. Ele também é presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e ainda encabeça o Projeto Biomas Tropicais.
Neste caso, uma iniciativa focada em criar tecnologias de produção e identificar os limites sustentáveis de uso dos seus recursos naturais. Basicamente, gerar uma revolução científico-tecnológica a favor das pessoas, em harmonia com o meio ambiente e em benefício da paz mundial.