O planejamento estratégico 2023/2025 para o setor aeroagrícola brasileiro aponta para a busca de uma fatia maior do mercado, digitalização de processos, ações de melhoria contínua e comunicação, além de auxiliar na regulamentação das empresas operadoras de drones. O plano foi traçado durante encontro na capital paulista, que reuniu o Conselho de Administração do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e contou com as presenças dos presidentes da entidade sindical, Thiago Magalhães Silva, e do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag), Júlio Augusto Kämpf. Os trabalhos foram coordenados pelo consultor Jéferson Emilio de Souza, da Aport Empresarial.
Conforme o diretor-executivo das entidades aeroagrícolas, Gabriel Colle, é hora de consolidar os indicadores e metas discutidos no encontro do Conselho de Administração do sindicato e do instituto, para divulgar as ações a serem desenvolvidas. No entanto, algumas metas já estão definidas para o próximo triênio. Uma delas, já no primeiro semestre de 2023, é ajudar pelo menos 300 empresas que operam com drones de pulverização a se regularizarem. Até o final do próximo ano, a ideia é associar pelo menos 200 dessas operadoras, que de acordo com o levantamento do Sindag, já somam 400.
A atualização das normas que regem a atividade aerogrícola também estão na pauta. O Sindag e Ibravag estão acompanhando o processo de atualização do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 137, em andamento junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As duas entidades aeroagrícolas estão incentivando os operadores e profissionais do setor a participarem da consulta pública ainda a ser marcada.
O presidente do Sindag entende que o desafio é semelhante ao do processo de elaboração da regulamentação para os drones agrícola, que está em vigor desde outubro do ano passado – Portaria 298/2022, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para Thiago Silva, “é importante garantir a eficiência da ferramenta e garantir a segurança das pessoas e do meio ambiente”.
Aposta nas ferramentas de gestão
Eliminar papéis e ampliar o uso de ferramentas de gestão faz parte do processo de digitalização também proposto no planejamento estratégico 2023/2025. O trabalho nesse sentido já começou tendo em vista o sistema adotado na parte governamental e nas entidades reguladoras. Exemplo, todos os operadores aeroagrícolas devem integrar a plataforma do Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro) até 31 de dezembro deste ano.
SEGUEM EM DESTAQUE
- Governança colaborativa, geração de pesquisas e inovações;
- Maior participação dos aviões agrícolas nas operações de combate a incêndios em reservas naturais e lavouras pelo País.
RESULTADOS 2018/2022
- Adoção de plataformas digitais para incrementar os programas de aperfeiçoamento e melhoria contínua, que se mostraram essenciais durante as restrições da pandemia da Covid-19, entre 2020 e o ano passado;
- Fortalecimento das academias de Voo, de Manutenção e de Tecnologias de Aplicação do Sindag;
- Realização do MBA em Gestão, Inovação e Sustentabilidade Aeroagrícola;
- Desenvolvimento do programa Boas Práticas Aeroagrícolas (BPA) Brasil pelo Ibravag, em parceria com o Sebrae e apoio do Sindag