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Aviação presente em planos para suprir demanda gaúcha por milho

Abertura da colheita no Estado teve lançamento de pacote de incentivos para ampliar produtividade das lavouras

Publicado em: 25/05/20, 
às 22:29
, por IBRAVAG

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“O Brasil tem hoje em sua aviação agrícola um dos fortes instrumentos do agricultor. Vocês (setor aeroagrícola) estão fazendo um trabalho belíssimo e fundamental.” A fala do presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, foi em uma rápida entrevista para a revista Aviação Agrícola durante a 9ª Abertura Oficial da Colheita do Milho no Rio Grande do Sul. A cerimônia ocorreu no dia 7 de fevereiro, no município de Chiapetta, no noroeste gaúcho e teve como destaque a assinatura, pelo governador Eduardo Leite, do decreto que criou o Programa Estadual de Produção e Qualidade do Milho (Pró-Milho/RS).

Conforme o secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, o Pró-Milho Gaúcho tem como foco tornar o Estado autossuficiente no grão nos próximos anos. A iniciativa foi construída em parceria entre o Estado e produtores e é dividida em três subprogramas, voltados basicamente para facilitar o investimento em tecnologias e irrigação. “O Rio Grande do Sul tem uma demanda anual de quase de 7 milhões de toneladas de milho e produzimos 5,9 milhões de toneladas”, destacou, lembrando que o Estado dever ter uma quebra este ano por causa da seca. “Por outro lado, temos uma expectativa de ainda mais necessidade do grão, por exemplo, pelo nosso projeto de Estado livre de aftosa, que vai aumentar a demanda da pecuária”, reforçando a necessidade do programa.

O que explica também o otimismo do empresário Wilson Klauck, da KNA/Nativa Aviação Agrícola. Para ele, o cenário representa uma missão e uma oportunidade para o setor aeroagrícola. “O milho é o produto mais importante aqui da região, porque ele movimenta toda a cadeia, desde suíno e frango e é possível que tenhamos até etanol extraído dele”, comentou. “O que puxa a perspectiva de crescimento para a aviação agrícola, já que se trata de uma cultura onde a ferramenta é muito importante”, ponderou.

DEMANDA

A expectativa de Klauck foi ratificada tanto pelo secretário Covatti quando O ex-ministro Paolinelli. O primeiro destacou a tecnologia e o papel de sustentabilidade da ferramenta. “Seguidamente eu cito a aviação como bom exemplo de tecnologia usado no trato de lavouras. Especialmente pela responsabilidade ambiental”, completou. Já o presidente da Abramilho lembrou que a aviação terá importante justamente pela necessidade de se aumentar a safra em áreas já consolidadas. “Aqui o espaço é curto. É como a Europa”, comentou.

Além do grão ser um insumo importante em uma cadeia que representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho (incluindo a ração animal), Paolinelli chamou a atenção para a importância do milho no cenário mundial. “Conforme estudo da FAO (Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), em 30 anos a demanda mundial por cereais vai exigir do Brasil (só no milho) uma produção de 385 mil toneladas.” Segundo a Companhia nacional de Abastecimento (Conab), a previsão da produção do país na safa 19/20 é de 99,3 mil toneladas.

PAOLINELLI: ferramenta aérea será importante para a demanda gaúcha e para as perspectivas do País no cenário mundial
Foto: Castor Becker Júnior/Sindag
KLAUCK: projeto do Estado representa uma missão e uma oportunidade para o setor
Foto: Castor Becker Júnior/Sindag

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