O andamento do projeto de lei de combate a incêndios, reforço no pedido de fiscalização federal sobre operadores aeroagrícolas irregulares e busca de maior apoio institucional para o Congresso da Aviação Agrícola do Brasil 2022. Esses foram temas na agenda diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle, no início desta semana, na capital federal. Os encontros começaram na segunda-feira (29), com reuniões no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e na Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab). Na terça, da manhã até o início da tarde a agenda foi toda com deputados e senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
No Mapa, a conversa foi com o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, Bruno Breintenbach. Ali, o representante do Sindag abordou temas como a necessidade de novos fiscais em alguns Estados e o reforço no pedido feito em outubro pelo sindicato aeroagrícola para aumentar as ações contra operadores irregulares. Colle aproveitou para abordar os preparativos para o Congresso da Aviação Agrícola do Brasil e os 75 anos do setor no País (em 2022), além dos desafios do Sipeagro e outros assuntos.
Na Confaeab, o encontro foi com o presidente Kleber Santos. O representante do Sindag destacou a importância dos engenheiros agrônomos para o setor e a conversa abordou também as expectativas quanto ao mercado de drones. Nesse sentido, os dirigentes também alinhavaram ações para o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) promover ações de aperfeiçoamento contínuo desses profissionais em operações aéreas em campo. A conversa abrangeu também o possível apoio da Confederação para o Congresso da Aviação Agrícola do Brasil 2022 (marcado para 19 a 21 de julho).
INCÊNDIOS
A pauta mais densa do roteiro em Brasília foi na terça-feira (30), no encontro de líderes e na reunião-almoço da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Gabriel Colle pediu aos diretores da Frente o apoio para a votação, o mais rápido possível, do Projeto de Lei Projeto de Lei (PL) 4629/2020, do senador Carlos Fávaro, que inclui a aviação agrícola nas políticas governamentais de combate a incêndios florestais no País. A proposta havia sido aprovada em outubro do ano passado no Senado e tramita desde o início do ano na Câmara dos Deputados – onde já teve aval de três comissões da casa e segue na expectativa de entrar na pauta do Plenário. O próprio presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB/PR), destacou que o grupo deve enviar um ofício à Mesa Diretora da Câmara solicitando a urgência na votação.
Colle também destacou a importância da aprovação pelo Congresso, no último dia 25, da Medida Provisória (MP) 1063/21, que autoriza os postos de combustíveis a comprarem etanol diretamente das usinas sucroenergéticas. No entanto, reforçou a necessidade de se retomar, no ano que vem, a discussão para que a medida possa valer também para as empresas aeroagrícolas – que seguem não podendo comprar das usinas porque a emenda do deputado federal Jerônimo Goergen incluindo o setor no benefício acabou não passando. “Seguiremos conversando”, enfatizou.
O diretor também apresentou aos parlamentares um raio-X do setor aeroagrícola brasileiro, que é o segundo maior e um dos melhores do mundo, e o trabalho do sindicato para que ele seja reconhecido como ferramenta de segurança alimentar e sustentabilidade no campo. Ele também falou sobre demandas e perspectivas do mercado e esclareceu várias dúvidas dos parlamentares sobre o segmento. “Na reunião-almoço, tivemos quase uma hora de apresentação e conversa com os presentes”, completou o executivo. “Esse espaço conquistado em toda a agenda só foi possível por termos em nossa entidade empresas sérias, focadas em boas práticas em campo e comprometidas com a boa imagem do setor”, frisou Colle.