Duzentos e vinte profissionais da aviação agrícola, entre empresários, pilotos, técnicos e administradores participaram das duas primeiras edições da Academia Brasileira de Segurança de Voo Aeroagrícola, ocorridas em maio e junho. Promovida pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), a iniciativa conta com o apoio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e da Agência Nacional de Aviação Agrícola (Anac) e é inédita no País em seu formato. São 18 horas de palestras e debates por meio de videoconferências, em cinco dias de atividade e com 14 especialistas de diversas áreas.
“O currículo abrange temas como gerenciamento de risco, manutenção, planejamento operacional, fadiga humana, protocolos de investigação, legislação e estatística de acidentes, entre outros”, destaca o coordenador da Academia, Júnior Oliveira. “Com a entrada da Anac como apoiadora da iniciativa (a partir da segunda edição), conseguimos reunir o tripé formado por entidades empresarial, civil e órgão militar do setor aeronáutico, todos em um propósito: segurança operacional de voo aeroagrícola”, completa.
Oliveira lembra que a primeira edição teve ainda a participação do diretor-executivo da Fearca, Danilo Cravero. O executivo argentino conversou com os profissionais brasileiros sobre os desafios do setor e o trabalho realizado em seu país. Para o presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, o novo modelo de treinamento em segurança é “um trabalho de alto nível, com um bom aproveitamento e grande participação do setor.”
“Ficamos surpresos pela alta receptividade da iniciativa, com as inscrições para as duas primeiras turmas se encerrando mais de uma semana antes do prazo”, destaca Magalhães. A primeira turma fechou com 120 participantes e com 50 interessados já na fila de espera pela segunda edição – que acabou limitada a 100 vagas para otimizar a participação de todos nos debates. Além disso, a grande maioria dos participantes já manifestou desejo pela realização de um segundo módulo, elevando o nível dos temas.
OFICIAIS
O chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Adolfo Aleixo da Silva Júnior, parabenizou o Sindag pela iniciativa, assim como os 14 instrutores da Academia. “Atividades como essa são muito importantes para a prevenção de acidentes e serão sempre incentivadas e apoiadas pelo Cenipa”, destacou.
Empolgação compartilhada também pelo chefe do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa V), tenente-coronel aviador Carlos Henrique Baldin. “Não tem como não estar feliz com o retorno positivo, mesmo com o distanciamento social (pela pandemia da Covid-19)”, resumiu. “Não teríamos o alcance que tivemos com esse evento, dessa forma, se o tivéssemos feito da maneira tradicional (com encontros presenciais).”
CONFIRA OS TEMAS E SEUS INSTRUTORES
• Gerenciamento do Risco Aeroagrícola
Agadir Mosmam
• Estatísticas de Acidentes Agrícolas -Fator Contribuinte
Nilson Luiz Pires de Souza
• Aerodinâmica no Contexto da Aviação Agrícola
Enio de Cezere
• Vistoria de Segurança Operacional
Milton Cardoso de Lima
• Protocolos de Investigação SIPAER (Estudo de Caso)
tenente-coronel aviador Carlos Henrique Baldin
• Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
tenente-coronel aviador Carlos Henrique Baldin
• Aspectos Jurídicos do SIPAER
Geovane Machado Alves
• Prevenção de Acidentes na Manutenção Aeroagrícola
Milton Cardoso de Lima
•CTM-Registros de Manutenção
Tatiane Coutinho
•Reação a Mudança (Erro Humano)
Caroline Venzon
•Planejamento Operacional na Aviação Agrícola
Alan Poulsen
•Perda de Controle-Colisão com Obstáculo
Alexandre Derivi Endres
•SGSO –Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional
José Eronde Quadros Junior
•NR31
Paulo Matielo
•RELPREV/RCSV/RAC (Relatórios específicos)
André Luís Raimann
•Fadiga Humana e Automedicação
Capitão médico Anderson Ravy Stolf