O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) renovaram até março de 2025 a parceria entre as duas entidades para estudos sobre tecnologias de aplicação aérea de produtos químicos e biológicos. Com isso, a expectativa é realizar, nesses quatro anos, uma série de pesquisas para avaliação e aperfeiçoamento de equipamentos e técnicas de pulverização, além do desenvolvimento de novas tecnologias. O que abrange desde sensores de precisão até novos sistemas automatizados para as aplicações.
Chamada de Redagro, a parceria teve seu contrato de renovação publicado no dia 3 de fevereiro, no diário Oficial da União. Conforme o presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, os próximos meses de 2021 serão para definição de projetos e busca de recursos para as pesquisas, para daí se partir para o cronograma de campo. Além do Sindag e suas associadas, os trabalhos envolverão oito unidades da estatal de pesquisas: Embrapa Instrumentação (SP), Embrapa Soja (PR), Embrapa Cerrados (DF), Embrapa Clima Temperado (RS), Embrapa Meio Ambiente (SP), Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), Embrapa Milho e Sorgo (MG) e Embrapa Algodão (PB). O foco da parceria é atender as principais lavouras estratégicas para o País.
ESTUDOS ABRANGENTES
A cooperação técnica entre as duas entidades existe desde 2008, assinada pelo então presidente do Sindag, Júlio Augusto Kämpf, que hoje preside o Ibravag. A Redagro começou a sair do papel cinco anos depois e, entre 2013 e 2017, a Embrapa e o Sindag realizaram a maior pesquisa até hoje feita no Brasil sobre tecnologias de aplicação. O então projeto Desenvolvimento da Aplicação Aérea de Agrotóxicos como Estratégia de Controle de Pragas Agrícolas de Interesse Nacional serviu para atestar a segurança da aviação agrícola.
Os estudos abrangeram lavouras de soja, arroz e cana-de-açúcar no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. Os trabalhos envolveram, além do Sindag e associadas, seis centros de pesquisa da Embrapa e 10 universidades parceiras e empresas de tecnologias. Além de alinhavar os estudos daqui para frente, o resultado foi uma Nota Técnica destacando a segurança da aviação agrícola no trato de lavouras, publicada em 2019. O documento também reforçou a necessidade de um debate livre de preconceitos para se estabelecer no País uma política de segurança alimentar e energética.
Segundo Kämpf, o próprio Ibravag deve participar da próxima etapa dos trabalhos. “Tanto no apoio em campo como, por exemplo, na tradução das pesquisas para gerar cartilhas e na promoção de treinamentos e outros eventos para que o conhecimento seja compartilhado com todos os profissionais do setor”, destaca.