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Por um 2024 com menos preconceito

Publicado em: 02/12/23, 
às 15:16
, por IBRAVAG

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Júlio Augusto Kämpf

Presidente do Ibravag

O ano que se encerra foi difícil para o setor aeroagrícola. Passamos por momentos delicados diante de manifestações de preconceito contra a atividade. No entanto, nós transformamos os percalços em oportunidade de falar sobre a aviação agrícola no Congresso Nacional, nas escolas, universidades. Conseguimos mostrar à sociedade onde atuamos e como atuamos. Deixamos claro que adotamos boas práticas no campo, que preservamos o meio ambiente e a vida humana.

Sabemos que derrubar mitos é uma tarefa árdua, mas aos poucos vamos conseguir desatar esses nós que lançam a aviação agrícola num abismo de incertezas. Acreditamos que só a informação de qualidade pode romper essas barreiras impostas pelo sectarismo. Por isso, o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) está empenhado em estreitar relações com as instituições de ensino.

Só neste ano, quatro faculdades abriram espaço para falar especificamente de tecnologia aeroagrícola (páginas 16 a 21). Três faculdades já acenam com a disciplina sobre o setor. Estamos preparando um Fórum Nacional da Aviação Agrícola para março de 2024 em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), uma das mais conceituadas do Brasil e América Latina. Estamos avançando. Temos o Congresso Científico da Aviação Agrícola, em parceria com o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), para estimular a produção de conhecimento sobre o setor.

É isso que queremos: professores, mestres, doutores e cientistas pesquisando a atividade aeroagrícola, desenvolvendo e aprimorando a tecnologia. Nós já fazemos aplicações de alta qualidade, contemplando os requisitos da sustentabilidade ambiental, social e econômica. Nossos aviões aplicam também bioinsumos, que estão em expansão nas lavouras brasileiras; trabalhamos no combate a incêndios florestais e ainda estamos gestando a inclusão da ferramenta nas políticas públicas de combate a vetores. Podemos afirmar, com toda a certeza, somos um dos setores produtivos que mais preserva o ambiente natural.

Isso mostra o quanto a aviação agrícola evoluiu ao longo dos seus 76 anos de história. Os operadores aeroagrícolas da década de 2020 não podem ficar reféns de erros e falta de conhecimento do passado. Hoje, as aeronaves possuem equipamentos de ponta embarcados, que permitem operações precisas e seguras. É a tecnologia e o conhecimento, aliado à informação de qualidade, que vão pôr um ponto final nos ataques ao setor e acabar com a insegurança vivida pelos operadores aeroagrícolas.

Desejamos que em 2024 soprem os ventos da abundância e que tenhamos um novo ano de paz. Vamos semear coisas boas, para colhermos bons frutos.

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