O Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Clima Temperado, com sede em Pelotas, devem formalizar em abril o convênio para a realização de cursos de qualificação para agrônomos, técnicos agrícolas e pilotos. O Procotolo de Intenções entre as instituições foi assinado durante a 32ª Colheita Oficial do Arroz e Grãos em Terras Baixas, em Capão do Leão (RS), com o propósito de aproveitar a expertise de mestres e doutores da estatal para ampliar ainda mais a eficiência e segurança no campo.
O documento assinado pelo conselheiro do Ibravag Alan Sejer Poulsen, representando o presidente da entidade, Júlio Augusto Kämpf; pela diretora-executiva de Inovação e Tecnologia da estatal de pesquisas, Adriana Martin; e pelo chefe da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, no dia 17 de fevereiro, agora encontra-se no jurídico da Embrapa. Assim que a parceria for consolidada, as duas entidades definirão currículo, dinâmica e prazos para os cursos.
De acordo com Poulsen, o programa de cursos iniciará pelo Rio Grande do Sul. A ideia é fazer um projeto pequeno bem alinhado para depois expandir seu raio de abrangência. Por isso, o piloto será em Pelotas, para aparar as possíveis arestas do projeto, tanto em metodologia de ensino, como em conteúdo. “Depois que esse convênio decolar regionalmente, o Ibravag pretende fazer o convênio com as outras unidades da Embrapa do Brasil”, assinala Poulsen.
Projeto reforça a região de Pelotas como vanguarda do setor
A assinatura do Protocolo de Intenções entre Ibravag e Embrapa ocorreu dentro de um clima de muita simbologia para o setor aeroagrícola. A cerimônia durante a Colheita Oficial de Arroz e Grãos em Terras Baixas, no estande da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão, município vizinho a Pelotas, onde a aviação agrícola brasileira iniciou sua trajetória, reforça a região como polo de tecnologia e a coloca mais uma vez na vanguarda da pulverização aérea.
A diretora-executiva de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Adriana Martin, destacou a importância da disponibilização do conhecimento gerado para o setor produtivo.
Além disso, os arrozais são uma das principais lavouras de atuação das aeroagrícolas no Rio Grande do Sul, que responde por 70% do arroz irrigado produzido no Brasil. Assim, empenhado em mostrar a tecnologia para o setor, o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) montou estande pela sexta vez, destas quatro vezes em parceria com o Ibravag e pela segunda vez também com a Mirim Aviação Agrícola. Ainda, no evento, as entidades setoriais apresentaram o balanço da aviação agrícola, realizado desde 2009 pelo consultor e ex-diretor do Sindag Eduardo Cordeiro de Araújo.