Estamos iniciando o segundo semestre de um ano anormal, devido a pandemia do novo coronavírus. Fomos atingidos por incertezas e pelo desconhecido. Apesar de toda a tecnologia, inteligência artificial, automação e avanços científicos, ficamos completamente vulneráveis e perplexos com as nossas fragilidades, expostas por um inimigo invisível. Na política, enquanto a maioria dos países se voltaram para dentro, discutindo soluções de curto, médio e longo prazos para os setores essenciais de suas economias, aqui ficamos assistindo – perplexos – a uma disputa desnecessária de poderes.
O que será da globalização? Como será a dependência externa dos países? Como os mercados vão agir após a pandemia? Qual o futuro do agronegócio no mundo? Qual a importância das tecnologias nas nossas vidas? Aliás, será que seremos cada vez mais tecnológicos e virtuais ou nossas relações interpessoais serão mais verdadeiras e próximas pós-Covid-19? Qual será o novo normal?
Não sabemos e, talvez, ninguém saiba. A Covid-19 terá impactos significativos e ainda não completamente dimensionados sobre a sociedade. O certo é que o mundo de amanhã não será o mesmo de ontem.
É nítido, portanto, que todos os setores produtivos precisam se adaptar, inovar e renovar. E é isso que o Ibravag e o Sindag têm feito. Reuniões virtuais semanais e a edição de 2020 do Congresso da Aviação Agrícola realizada, com total êxito, de forma totalmente online, juntando especialistas e a sociedade em geral. Um exemplo de resiliência e de capacidade de adaptação que deu certo.
Reinvenção também será necessária para a nossa agropecuária. É preciso estar atento às mudanças sociais, econômicas e políticas no Brasil. Mesmo com o dólar elevado tornando nossos produtos mais competitivos no mercado externo e fazendo com que o agronegócio fosse, no último trimestre – mais uma vez, o responsável pelo superávit da balança comercial brasileira.
Temos a certeza de que o agronegócio, com seus mais de 40 subsetores, será fundamental para a recuperação da economia nacional. E um desses subsetores é a globalmente importante cultura do algodão, a fibra têxtil mais consumida no mundo.
É por isto que nesta 7ª edição da revista Aviação Agrícola damos destaque ao setor algodoeiro – cultura que movimenta anualmente cerca de US$ 12 bilhões e envolve mais de 350 milhões de pessoas em sua produção e em que o Brasil é destaque, sendo um dos cinco maiores produtores mundiais.
Desejamos a todos uma ótima leitura e que consigamos voltar às nossas atividades, com eficiência, resiliência e segurança. Bem-vindos ao novo normal.