O Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) foi homologado como estabelecimento de ensino pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Agora, a entidade setorial está habilitada a oferecer os cursos de Coordenador e de Executor em Aviação Agrícola (CCAA e CEAA, dirigidos, respectivamente, a agrônomos e técnicos agrícolas), dois profissionais indispensáveis para o uso do avião no manejo das lavouras. O pedido foi deferido em 30 de maio e representa mais um passo na consolidação do Ibravag como um centro de referência em formação de profissionais para o mercado aeroagrícola.
Para o presidente do Ibravag, Júlio Augusto Kämpf, essa conquista mostra que a instituição nasceu de uma boa ideia. “Começamos do zero, tivemos grandes colaboradores nesse processo de construção da entidade, pessoas empolgadas com a causa”, lembrou o dirigente. O Instituto sai da fase de preparação, buscando professores e pessoas capacitadas para auxiliar nos processos. “Está começando a surgir o efeito desse grande trabalho”, pontuou.
A diretora operacional da entidade, Michele Fanezzi, também comemorou a qualificação do Ibravag pelo Mapa para ministrar os dois cursos de capacitação. “Esta aprovação representa um marco para o Instituto”, reforçou a gestora. E assinalou que a entidade também está em processo de credenciamento junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ministério da Educação (Mec), entre outros órgãos.
Instituto agora está cadastrado no CREA-RS
“Isso é uma virada de página na história do Ibravag, porque ele vai atuar em duas frentes agora: na defesa e organização do setor, mas também na capacitação do profissional para atuar na atividade.” A frase é do engenheiro agrônomo mestre em tecnologia de aplicação e coordenador de aviação agrícola João Miguel Ruas, que assumiu como responsável técnico dos CCAA e CEAA, que poderão ser implementados pelo Instituto.
Ruas conta que o processo demorou um ano devido ao grande número de exigências. Uma delas foi o cadastramento do Instituto no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS), onde está a sede da entidade.
O engenheiro agrônomo, como é do Paraná, onde também atua como consultor do Instituto e do Sindag, precisou solicitar uma licença ao órgão regulador para exercer atividades no estado sul-rio-grandense. Agora com os registros em dia, a ideia é ampliar o leque de cursos sob a chancela do Mapa.
Conforme Ruas, o próximo passo é buscar junto ao Mapa a autorização para a entidade ministrar também o Curso de Aplicador Aeroagrícola Remoto (CAAR).