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Homenagens a Ada Rogato pelos 75 anos do primeiro voo agrícola feminino

Paulistana fez sua primeira aplicação na lavoura de café no dia 7 de fevereiro de 1948, um sábado de carnaval

Publicado em: 18/07/23, 
às 12:18
, por IBRAVAG

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Menos de seis meses (172 dias) após o primeiro voo agrícola no Brasil, Ada Rogato tornou-se a primeira mulher a fazer uma operação aeroagrícola em território nacional. Foi no dia 7 de fevereiro de 1948, um sábado de carnaval, a bordo de um CAP-4 Paulistinha, de 65 hps, que a paulistana fez a, também, primeira aplicação para combater a broca-do-café entre os municípios de Gália, Garça, Marília e Cafelândia, região centro-oeste de São Paulo.

O voo solicitado pelo Instituto Brasileiro do Café (IBC) completou 75 anos neste 2023 e os feitos da mulher, considerada a segunda no mundo a pilotar um avião agrícola – a primeira foi a uruguaia Mirta Vanni – foram lembrados pelo Sindicato Nacional das Empresas da Aviação Agrícola (Sindag) e pelo Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag). Em fevereiro, as entidades depositaram flores e um cartão no jazigo de Ada Rogato no Cemitério Chora Menino, no bairro paulistano Santana.

Outro cartão, com os mesmos dizeres, foi colocado no painel do avião “Brasil” pelo então presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva. O Cessna 140-A, o companheiro de viagens da homenageada pelas três américas entre os anos 1950/60, encontra-se no Museu Asas de Um Sonho, também conhecido como Museu da TAM, em São Carlos/SP, e está fechado desde 2016, com previsão de reabrir em setembro.

RECONHECIMENTO: visita ao túmulo de Ada no Cemitério Chora Menino, no bairro paulistano Santana

NA VANGUARDA

Na época em que foi convidada pelo IBC para fazer a pulverização aérea contra a praga dos cafezais, Ada Rogato era escriturária no Departamento de Defesa Sanitária do Estado de São Paulo. Porém, já era conhecida por seu talento como piloto. Em 1935, tornou-se a primeira mulher na América do Sul piloto de planador. No ano seguinte, conquistou o título de primeira mulher piloto de avião brevetada pelo Aeroclube de São Paulo. Ainda, é a primeira mulher paraquedista do Brasil.

No seu currículo que a qualificou para a missão aeroagrícola, consta ainda 213 missões de patrulha contra submarinos alemães no litoral paulista entre 1942 e 1945. Depois do voo agrícola, Ada Rogato buscou por novos desafios. Ela cruzou a Cordilheira dos Andes em um pequeno avião, foi a primeira piloto (inclusive entre os homens) a cruzar Amazônia em um pequeno avião e ainda voou da Patagônia ao Alaska, entre outras proezas.

O primeiro voo agrícola no café deu muito certo e nos anos 1950, o Ministério da Agricultura criou a Junta Executiva do Combate à Broca-do-Café. Foi dentro desse programa que o IBC importou 30 aviões Piper PA-18 e cinco helicópteros Bell adaptados para o trato de lavouras.

TRIBUTO: O então presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, depositou o cartão da entidade e do Ibravag Cessna 140-A, o companheiro de viagens da homenageada

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