Segundo a Associação Nacional de Aviação Agrícola dos Estados Unidos (NAAA, na sigla em inglês), o setor deve experimentar este ano um novo aumento na demanda por aplicações aéreas em lavouras. Isso depois de um 2021 onde 56% dos operadores aeroagrícolas norte-americanos voaram mais horas ou trataram mais hectares do que no ano anterior.
Para a entidade, a carência de alguns suprimentos e o alto preço dos insumos para lavouras serão fatores determinantes para manter a curva ascendente na procura por serviços aeroagrícolas. Justamente a oportunidade para os operadores aéreos apostarem nas credenciais de quem tem ferramenta de maior eficiência e que melhor ajuda a maximizar a produção.
“Com tudo o que está acontecendo no mundo, incluindo questões de abastecimento de alimentos, a aplicação aérea será vital este ano”, comentou o diretor-executivo da NAAA, Andrew Moore, em uma publicação no site da instituição. A observação abrange especialmente as consequências globais da guerra na Ucrânia – com problemas de oferta e demanda de insumos e alimentos.
Isso deverá influir positivamente também no valor que a aviação agrícola agrega anualmente à economia dos Estados Unidos, estimado em 37 bilhões de dólares – segundo estudo divulgado ano passado pela Texas A&M University (confira no QR Code nesta página). O valor considera, além do ganho em produtividade com a eficiência da ferramenta aérea, o reflexo disso sobre outros elos da cadeia do agro (transporte, armazenamento e processamento, por exemplo). Só da porteira para dentro, segundo a pesquisa, a atuação do setor aeroagrícola rende diretamente nada menos do que US$ 23 bilhões nas contas do agro norte-americano.
Setor responde por 28% das aplicações no país
De acordo com as estatísticas da NAAA, os operadores aeroagrícolas estadunidenses tratam em média 51 milhões de hectares de lavouras por ano – cerca de 28% do total de aplicações no País. O número não abrange os 3,2 milhões de hectares de pastagens ou os 2 milhões de hectares de florestas também atendidos pela aviação agrícola. E, claro, também não consideram os 2,1 milhões de hectares cobertos anualmente por aplicações aéreas contra mosquitos – em áreas urbanas e rurais.
Sobre aeronaves efetivamente atuando em operações aeroagrícolas, o último dado é de 2019, apontando 3.120 aviões e helicópteros em atividade. Menos do que os 3.335 aparelhos apurados em 2018. Porém, como o levantamento é anterior à pandemia da Covid-19 (que aumentou a demanda por produtos agrícolas), a tendência é que essa diferença tenha se revertido.