O agro está entrando na era da Inteligência Artificial. A evolução tecnológica anda na velocidade de um supersônico. As ferramentas embarcadas nas aeronaves agrícolas permitem aplicações seguras. No entanto, em vez do setor dedicar-se a estudar novos conceitos que garantam a sustentabilidade e a segurança alimentar do planeta, precisa se defender de narrativas cobertas de preconceito pouco ou nada embasadas em conhecimentos científico.
Discursos que alimentam preconceitos contra a aviação agrícola e atribuem à atividade danos ao meio ambiente e à vida humana são replicados de maneira rasa e irresponsável por autoridades, provocando insegurança jurídica e intranquilidade entre operadores aeroagrícolas e faltando com a clareza perante a sociedade. Dessa maneira não há crescimento.
Precisamos investir em novos conhecimentos, buscar novas tecnologias e, sobretudo, melhorias na regulamentação do setor. Vamos nos inspirar em países de primeiro mundo, como o Canadá, que possui uma legislação voltada a aviação agrícola coerente com a realidade e amplamente segura para a agricultura e para o meio ambiente. Só assim iremos evoluir, gerando alimentos acessíveis e contribuir para a segurança alimentar do planeta.
Lembramos que a aviação agrícola é fundamental para garantir a eficiência e a segurança do processo produtivo. A ferramenta permite maior controle sobre a aplicação de defensivos agrícolas, tornando o processo preciso e, assim, reduzindo o risco de impacto ambiental. Soma-se a isso o fato de que todos os produtos aplicados são aprovados e autorizados pela Anvisa e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), bem como recomendados por receituário agronômico. Portanto, mais eficiente em relação a outros equipamentos.
Sem a aviação agrícola seria difícil combater pragas e doenças que atingem as plantações, resultando em perdas significativas na produção de alimentos. O que traria impactos negativos para o setor e para a economia brasileira como um todo.
Infelizmente, as narrativas ideológicas contra a aviação agrícola têm sido difundidas por grupos que desconsideram a importância do setor para a economia brasileira. Além de ignorar seus benefícios, essas narrativas são baseadas em informações equivocadas e estudos superficiais que não levam em conta as particularidades do campo.
Portanto, é fundamental que se pare de propagar desinformação e se invista em estudos científicos para fundamentar as decisões que impactam a produção agrícola e a aviação agrícola. A busca pela verdade científica é uma obrigação de todos que estão envolvidos no setor, desde produtores até os consumidores finais.
Assim, teremos condições de abrir novos debates sobre novas questões que estão batendo à porta como a Inteligência Artificial, tema da reportagem especial desta edição. Inclusive, este texto foi construído com o auxílio da ferramenta.
Bem-vindo aos novos tempos!
Júlio Augusto Kämpf
Presidente do Ibravag
