O Sindag e a Associação Nacional de Aviação Agrícola dos Estados Unidos (NAAA, na sigla em inglês) devem compartilhar, nos próximos meses, informações sobre a legislação aeroagrícola e ações de comunicação com o público em ambos os países. A troca de figurinhas entre as instituições dos dois maiores mercados aeroagrícolas do planeta deve avançar também sobre o trabalho de relações institucionais e as ações de melhoria contínua do setor, entre outros temas. Esse foi o tom da conversa entre representantes das instituições coirmãs no início de dezembro, durante a NAAA Ag Aviation Expo, em Knoxville, no Estado norte-americano do Tennessee.
A entidade aeroagrícola brasileira foi representada no evento pelo presidente Thiago Magalhães Silva e pelos diretores executivo, Gabriel Colle, e operacional, Cláudio Júnior Oliveira. Os três também representam o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) e integram uma delegação de 16 pessoas (entre empresários aeroagrícolas e fornecedores brasileiros de tecnologias e equipamentos) que participam da feira.
O estreitamento da parceria entre o Sindag e a NAAA foi alinhavado com o diretor-executivo da NAAA, Andrew Moore. “Concordamos em definir uma agenda comum para trabalharmos as ações das entidades”, resumiu Colle. Segundo ele, a expectativa é que a conversa com os norte-americanos, que agora continua virtualmente, possa ter outro encontro presencial no Congresso da Aviação Agrícola do Brasil (Congresso AvAg), em Sertãozinho, São Paulo.
REALIDADES
“Os desafios para a aviação agrícola nos Estados Unidos são similares aos do Brasil. Especialmente o de conseguir comunicar à sociedade a importância e segurança de uma ferramenta tão importante para a agricultura”, assinala Colle. “Com certeza, nossas conversas aqui devem refletir em maior participação norte-americana no Congresso AvAg, em julho de 2023”, completa Thiago Silva.
O presidente do Sindag justifica isso tanto pelo espaço de divulgação que os brasileiros tiveram na feira da NAAA, quanto pelo crescimento esperado para o setor por aqui. Segundo a estimativa do sindicato aeroagrícola, o Brasil deveria receber cerca de 70 novas aeronaves turboélices estadunidenses em 2022. Quantidade que se soma aos 63 aviões agrícolas Ipanema 203 (de motor a pistão) vendidos pela brasileira Embraer, segundo anúncio da empresa.