A apresentação dos resultados do programa Boas Práticas Aeroagrícolas (BPA) Brasil é destaque na programação do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag). A ação tem lugar na quarta-feira, dia 19, no Espaço Multiúso, às 14 horas, e prevê, além do balanço das aulas de capacitação e mentorias, a divulgação da primeira pesquisa científica de mercado, com foco na evolução das 18 culturas atendidas pelo setor. Também, está na agenda a mostra do estudo sobre gestão das empresas aeroagrícolas.
Os projetos estão dentro do escopo do BPA Brasil, iniciativa do Ibravag com patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional). O programa tem avançado na área de capacitação, mentorias e pesquisas e, inclusive, durante a palestra ocorre a entrega do Manual de Gestão de Boas Práticas Aeroagrícolas às 70 empresas que aderiram ao programa.
O presidente do Instituto, Júlio Augusto Kämpf, destaca a importância das realizações do BPA para elevar o patamar de gestão administrativa e operacional do setor aeroagrícola. Lembra que o Instituto foi construído tendo como alicerce a educação, a comunicação e o desenvolvimento tecnológico. “Na área de ensino, temos esse grande projeto voltado a elevar o nível de relacionamento das empresas com a sociedade e com o meio ambiente”, pontua Kämpf.
O BPA Brasil, que conta com o apoio institucional do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), está amparado em três linhas de ação – ensino, mentoria e pesquisas. O consultor Sênior e coordenador da Metodologia de Ensino Pesquisa do programa, o economista Cláudio Júnior Oliveira (diretor operacional do Sindag), explica que para atender a demanda do setor foi construída uma metodologia específica para a aviação agrícola.
CONHECIMENTO
A magnitude do programa pode ser mensurada em números. A capacitação no formato de ensino à distância, reúne disciplinas que vão da gestão financeira, modelo contábil, planejamento estratégico até comunicação com os diferentes stakeholders. As disciplinas são divididas em nove pilares: Gestão Empresarial; Governança e Compliance; Foco no Cliente; Pessoas; Gestão de Processos; Tecnologias; Sustentabilidade; Segurança Operacional e Novas Tecnologias. Uma espécie de roteiro que passa pelas diferentes áreas de atuação de uma aeroagrícola.
Júnior Oliveira destaca que o compartilhamento de conhecimento é muito grande dentro de cada pilar. “São cerca de vinte e duas horas de gravação em cada módulo à disposição dos participantes do BPA e que podem ser acessadas a qualquer momento”, pontua o gestor. Ao todo são 205 horas de conteúdo gravado, por 31 professores focados em aviação agrícola. “Acredito que não haja no mundo um plano de capacitação tão amplo e focado em aeroagrícolas como este”, reforça o economista.
Aulas customizadas para o setor são o ponto alto do projeto
O consultor Sênior do BPA Brasil, Cláudio Júnior Oliveira, observa que o curso de capacitação oferecido pelo programa representa um novo paradigma para o setor. “Em primeiro lugar, destaco a metodologia de ensino customizada para a aviação agrícola”, aponta o gestor. Elenca ainda o agrupamento dos conhecimentos específicos, que estavam fragmentados em diversos cursos, além da democratização por meio da construção coletiva contando com diversos professores e profissionais experientes do setor.”
Segundo Júnior Oliveira, a capacitação oportuniza que empresários, pilotos, agrônomos, técnicos agrícolas e pessoal do administrativo conheçam todo o funcionamento de uma organização e as peculiaridades de cada setor. Uma forma de inclusão de pessoas da mesma empresa. “Para mim, um ponto muito importante são os números surpreendentes de acesso às aulas”, salienta o gestor.
Os números também são expressivos em relação às mentorias. Até maio deste ano, 52 empresas haviam feito o diagnóstico, o que impactou 1.042 funcionários, mais de 58,2 milhões de hectares atendidos e R$ 413 milhões de faturamento. Outro benefício apontado por Júnior Oliveira diz respeito à formação de professores, mestres e doutores com conhecimento em aviação agrícola.
“Temos mestres doutores em administração, em agronomia, economia, mas que não tinham atenção voltada para a aviação agrícola.” Júnior Oliveira considera essa conexão de conhecimento internos e externos ao setor fundamental para a adoção de inovações. Um projeto que conta com o aval do setor e de outras empresas, que reconhecem o trabalho desenvolvido pelo Ibravag, como a CropLife Brasil, que tem apoiado financeiramente o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola.