A criação de um sistema de brigadas aéreas de combate a incêndios no Rio Grande do Sul ganhou destaque, quando a seca que atingiu o estado no início do ano exigiu a atenção dos pilotos agrícolas. Em menos de dois meses foram lançados mais de 150 mil litros de água contra as chamas na Fronteira Oeste gaúcha. A iniciativa começou a ser discutida em janeiro, com a participação do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), prefeituras, entidades ligadas ao setor rural e Corpo de Bombeiros Militar do Estado.
O combate a incêndios florestais não é tão comum no Rio Grande do Sul, tanto que o tema atraiu a atenção da imprensa nacional. Inclusive o tema foi abordado na reunião da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab) do dia 31 de janeiro. No documento Manifestação da Confaeab Frente aos Danos Causados pela Seca no RS, a entidade pede “investimentos em treinamento de brigadas de incêndio, mais a construção de locais para abastecimento de água para caminhões pipas e aviões agrícolas, além de pistas adequadas para proporcionar maior segurança à atividade”.
A infraestrutura para combater o fogo, nominada pela Confaeb, foi uma contribuição do ex-diretor do Sindag Marcos Antônio Camargo. A sua empresa atuou forte neste tipo de operação no Estado. Outras operadoras aeroagrícolas da região, também ajudaram a conter as chamas entre Santana do Livramento, Uruguaiana e Alegrete. Inclusive ocorreram operações em municípios como Manoel Viana. Nesta localidade, o trabalho salvou a sede de uma fazenda e foi realizado com um Air Tractor, modelo AT-402, com capacidade para 1,5 mil litros de água.