Aviões agrícolas combatem as chamas no Pantanal

Técnica de lançamento contra as chamas está entre as manobras das simulações aéreas exibidas no Congresso da Aviação Agrícola do Brasil

Publicado em: 19/08/24, 
às 23:09
, por IBRAVAG

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Pelo menos 11 aviões agrícolas operam  atualmente no combate aos incêndios do Pantanal no Mato Grosso do Sul, atuando pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela Defesa Civil do Estado.   Isso com a possibilidade de convocação de mais sete aeronaves para a proteção de um dos mais importantes biomas brasileiros.  Os aviões são de duas associadas do Sindag, a Aeroterra Aviação Agrícola (que atua pelo ICMBio) e a Serrana Aviação Agrícola (operando com a Defesa Civil).  

Sete dos aviões foram convocados  no dia 30 de julho, pela Defesa Civil, e fizeram mais de 100 lançamentos de água contra as chamas já nos primeiros quatro dias de trabalho. Estes operam a partir da Estância Caiman, no Município de Miranda. Outros quatro, a serviço do ICMBio, já estavam desde junho no Pantanal, também apoio intenso às equipes de solo e no ataque a focos isolados. No caso do ICMBio, o órgão ainda tem a possiblidade de convocar mais sete aviões agrícolas para o combate às chamas.

OUTRAS FRENTES

Além disso, a aviação agrícola está atuando com três Brigadas de Incêndios atendendo produtores rurais no Estado de Goiás. Empresas do setor também mantém, nesta temporada de estiagem, aviões de prontidão no Mato Grosso, São Paulo e outros Estados, à disposição de produtores e usinas. Em todos os casos, para o suporte a brigadistas em solo e combate direto a chamas em lavouras e reservas naturais dentro das fazendas. Da mesma forma, o Estado de São Paulo mantém convênio com aeroagrícolas para eventuais suporte aos bombeiros em focos em vegetação.

Para completar, seis pilotos agrícolas brasileiros integram atualmente uma equipe de combate a incêndios no norte africano. Mais especificamente na Argélia, onde as mudanças climáticas na região do Mar Mediterrâneo têm colocado em risco diretamente a população. Tanto que 34 pessoas morreram no ano passado, naquele país, por causa de incêndios em vegetação.

Expertise, prerrogativa e demonstrações

Desde os anos 1960 o combate a incêndios florestais faz parte das prerrogativas legais da aviação agrícola brasileira. Além disso, desde a década de 90 o setor atua praticamente todos os anos em conjunto com brigadistas e bombeiros na proteção de reservas ambientais no Brasil. Em 2022 o País ganhou uma  Lei Federal incluindo os aviões agrícolas nas políticas de governo  para o combate aos incêndios florestais.

Basicamente, além das aeronaves agrícolas já terem capacidade para o transporte e lançamento de água, os pilotos do setor passam praticamente o ano todo em uma rotina de voos baixos e com atenção a obstáculos em lavouras. Chegam a realizar mais de 50 pousos e decolagens em um dia de trabalho. Isso os mantém praticamente afiados para as missões contra as chamas.

Porém, a cada temporada os profissionais que vão para o combate a incêndios fazem um treinamento complementar para o voo em equipe, aproximação e lançamento sobre alvos específicos, evitando a fumaça e com coordenação de brigadistas em solo. Exercício que é feito in company ou em turmas com profissionais de várias partes do País, organizadas por instrutores certificados.

Por isso também esse tipo operação integra o rol das demonstrações aéreas do Congresso da Aviação Agrícola do Brasil. Inclusive, fazem parte das rodadas de discussões do evento, debatendo políticas e cenários do segmento. Para completar, o Brasil também já é fabricante de tecnologias que melhoram o combate ao fogo. Tecnologias que também poderão ser vistas de pertos nos estandes do Congresso AvAg.

Lembrando que o País tem a segunda maior e uma das melhores aviações agrícolas do planeta, com 2,7 mil aeronaves em 24 Estados, conforme estimativa do Sindag. Segundo o último levantamento da entidade,  na temporada de incêndios de 2021, cerca de 50 pilotos agrícolas foram responsáveis pelo lançamento de quase 20 milhões de litros de água contra o fogo naquele ano.

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