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Mercado de drones agrícolas chegará a US$ 6 bi até 2030

Levantamento do Sindag junto a estudos e estatísticas internacionais aposta em crescimento anual de 30% do setor no mundo, com incremento nas aplicações aéreas

Publicado em: 16/09/25, 
às 05:00, 
por IBRAVAG

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O Sindag publicou em maio o relatório  Drones Agrícolas: cenários, virtudes e desafios. Tendo como fontes pesquisas internacionais, dados de notícias e documentos governamentais de diversos países, além de estatísticas do setor, o material aponta que o mercado de drones de pulverização deve chegar à casa dos US$ 6 bilhões nos próximos cinco anos. Isso com um crescimento médio anual de quase 30%, devido a fatores como a busca de eficiência aliada à sustentabilidade. A projeção tem como base avanços nas regulamentações em vários países –  inclusive na Europa, onde França Espanha e Reino Unido, por exemplo, começam a liberar a ferramenta. Neste caso, tendo entre os motivos o próprio envelhecimento da população no campo.

No aspecto social, acrescentam-se iniciativas como a da Índia, onde o governo lançou um programa de empoderamento das mulheres e geração de renda com treinamento de operadoras aeroagrícolas e financiamento para aquisição dos equipamentos. Outro projeto ocorre na China, onde atualmente em torno de 250 mil drones ajudam na produção dos cerca de 120 milhões de hectares cultivados do país (que tem 20% da população do planeta). País, aliás, que é líder na fabricação e utilização das ferramentas remotas, com incentivos governamentais favorecendo, por exemplo, que os mais jovens fiquem ou retornem ao campo. Assim, revertendo os índices de uma população rural que diminuiu 17,4% entre 2007 e 2017, período em que o total de idosos no campo aumentou em 47,9%.

O artigo também relembra a participação, em 2023, do Ministério da Agricultura brasileiro na reunião da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no Reino Unido, apresentando a legislação brasileira sobre drones agrícolas de pulverização. Isso depois que a  Grã-Bretanha – Inglaterra, Escócia e País de Gales – liberou a tecnologia  em suas lavouras. Tudo  um ano antes da OCDE lançar um documento e princípios, processos e critérios para seu Grupo de Trabalhos Sobre Pesticidas  – com foco em acelerar o avanço das aplicações com drones.  O trabalho debruça-se também sobre os cenários e expectativas do setor no Brasil e Estados Unidos.

Complemento de tecnologias

No caso do Brasil, o País já é referência em aviação agrícola – com a segunda maior frota aeroagrícola do mundo, somando cerca de 2,7 mil aeronaves tripuladas em atividade. Ao mesmo tempo em que já conta com mais de 7,8 mil drones agrícolas registrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), número que dobrou em relação ao ano anterior. Nesse cenário, os aparelhos remotos vêm sendo utilizados como complementares às aeronaves tradicionais, além de viabilizar aplicações em pequenas propriedades e áreas de difícil acesso. Mais do que isso, o Sindag foi pioneiro ao incluir drones em sua representação institucional desde 2017, buscando integrar e fortalecer a atuação desses equipamentos no setor.

Já nos Estados Unidos – maior mercado mundial de aviação agrícola com cerca de 3,6 mil aeronaves tripuladas, os drones começam a ganhar espaço significativo. Conforme dados da Associação Nacional de Aviação Agrícola daquele país (NAAA, na sigla em inglês), 5% dos operadores agrícolas de lá já utilizam drones, enquanto 11% indicaram intenção de adotar os equipamentos nos próximos anos. Em 2023, estima-se que os drones tenham sido empregados na pulverização de aproximadamente 1,5 milhão de hectares, abrangendo mais de 50 tipos de culturas em 41 estados, gerando uma receita superior a US$ 7,8 milhões.

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