Vinte e quatro pesquisas tendo como tema central Tecnologia e Sustentabilidade da Aviação Agrícola estão inscritas no Congresso Científico da Aviação Agrícola 2024. O número equivale ao dobro do recorde registrado em 2023, aumentando as expectativas para as apresentações feitas por seus autores de forma on-line ou presencial no segundo dia do Congresso AvAg & Congresso Mercosul (21 de agosto). Os trabalhos vencedores serão conhecidos no encerramento do evento (22 de agosto).
As pesquisas foram enviadas de Brasília (7), Espírito Santo (5), São Paulo (5), Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul (os últimos quatro Estados participam com uma pesquisa). Na disputa estão trabalhos da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp); das universidades federais do Espírito Santo (Ufes), de Uberlândia (UFU), de Jataí/GO e da Grande Dourados (UFGD). Também foram enviados trabalhos de pesquisadores independentes ou vinculados a startups ou empresas de tecnologias.
NOVAS LINHAS
A integrante do Conselho Científico do Congresso e coordenadora do Núcleo de Estudos em Atividades Aeroagrícolas (NEAAgri) da UnB, a professora Maísa Santos Joaquim, destacou a importância do evento para incentivar a pesquisa. A fala ocorreu durante o programa Conexão Rural, no quadro Nas Asas da Aviação Agrícola, com o jornalista Alex Soares. “Temos trabalhos avaliando desde a deriva até o preconceito em relação à aviação agrícola”, destacou, reforçando a entrada da área da Comunicação no projeto. “A gente tende a abrir nos próximos anos mais áreas e linhas de pesquisa”, antecipa a professora da UnB.
Neste ano, dentro do tema central, os participantes puderam escolher entre cinco eixos. São eles: Inovação na Aviação Agrícola; Boas Práticas na Aviação Agrícola; Tecnologia de Aplicação Aeroagrícola; Tecnologia de Aplicação com Drones, ou Aviação Agrícola, sustentabilidade econômica e ambiental. A premiação do Congresso Científico é de
R$ 3 mil para o primeiro lugar,
R$ 2 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro colocado. Também é entregue o troféu Destaque Sustentabilidade.
O crescimento do Congresso Científico segue na esteira não só do ganho de importância da aviação agrícola para o País, quanto das necessidades do setor em duas premissas. A primeira, garantir que o avanço da tecnologia e aprimoramento das técnicas em campo sigam no ritmo da demanda por produtividade. Isto quer dizer: produzir mais no mesmo espaço de terra, para que não se tenha pressão sobre ambientes naturais. A segunda, gerar cada vez mais informações que atestem ao público a eficiência e a segurança das ferramentas aéreas.
Reforço de peso no time de avaliadores
O Congresso Científico, que ocorre desde 2019, chega em 2024 com novidades. O Conselho Científico passa a contar com dois novos integrantes: a professora Maísa Santos Joaquim, que coordena o Núcleo de Estudos em Atividades Aeroagrícolas (NEAAgri) da Universidade de Brasília (UnB), e o professor Edney Leandro da Vitória, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical (PPGAT) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Os novos nomes foram anunciados em 15 de abril, por meio de live do Sindag. Com isso, o Conselho Científico do Congresso passa a ter oito integrantes, encarregados do recebimento e avaliação das pesquisas. A equipe é liderada pelo professor Mauricio Paulo Batistella Pasini, que segue na coordenação da iniciativa desde a primeira edição.
Uma proposta que a cada ano vem crescendo e se transformou em uma parte fundamental do Congresso da AvAg. No ano passado, a universidade começou a aparecer em peso. O maior número de pesquisas inscritas foi da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que participou do Congresso Científico com sete trabalhos, conquistando o segundo lugar e Menção Honrosa. Neste ano, a Ufes, encaminhou cinco trabalhos. A UnB aparece com o maior número de pesquisas inscritas. A instituição de ensino registrou sete pesquisas.
CONSELHO
Andréa Brondani da Rocha
Engenheira agrônoma, pós-doutora em Ciências Agrárias.
Edney Leandro da Vitória
Engenheiro agrícola, pós-doutor em Tecnologia de Aplicação.
Eduardo Cordeiro de Araújo
Engenheiro agrônomo, ex-piloto e ex-empresário aeroagrícola pesquisador e pioneiro em tecnologias para o setor no País, além de um dos fundadores e ainda consultor do Sindag.
João Carlos Deschamps
Médico veterinário, pós-doutor em Ciência Agrárias.
João Miguel Francisco Ruas
Engenheiro agrônomo, mestre em Tecnologia de Aplicação.
José Carlos Christofoletti
Engenheiro agrônomo e pioneiro do setor aeroagrícola, ex-professor da antiga Fazenda Ipanema – onde, entre 1967 e 1991, o Ministério da Agricultura formava os pilotos agrícolas, técnicos executores e agrônomos coordenadores para as operações aeroagrícolas. Foi também chefe da Divisão de Treinamento do Centro Nacional de Engenharia Aeronáutica (Cenea), que abrangia a Fazenda Ipanema.
Maísa Santos Joaquim
Engenheira florestal, doutora em Ciências Florestais.
Maurício Paulo Batistella Pasini (coordenador)
Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia.